O crescimento do mercado imobiliário tem estimulado a competição entre os bancos tradicionais e as fintechs. Os bancos tradicionais estão focados em acelerar seu crescimento por meio da expansão de sua base de clientes e incorporação de uma mentalidade digital. O tom do discurso é bastante positivo, porque os bancos estão se preparando para competir com fintechs e novos players do setor financeiro.
Mas, o desafio é grande, segundo a advogada Heloise Jory. “A principal diferença entre um banco tradicional e uma fintech é a presença digital. Exatamente por serem nativas digitais, as empresas desse segmento costumam estar sempre na ponta das tecnologias de segurança da informação. Além disso, a possibilidade de realizar as transações e receber atendimento online é um dos principais atrativos das fintechs, que vêm caindo no gosto do público”, afirma.
O termo fintech, união entre as palavras em inglês financial (financeiro) e technology (tecnologia), designa as empresas e startups que desenvolvem serviços, produtos e soluções totalmente digitais para transações financeiras. Segundo o relatório do Distrito, em 2020 o Brasil contava com 998 fintechs; em 2018, eram apenas 377. Isso representa um crescimento de 264,7% no número de empresas e startups no setor em apenas dois anos.
“As fintechs estão em um momento de investimento intensivo. Cada vez mais os grandes investidores estão fazendo suas apostas neste mercado. Estas empresas já vinham se difundindo diante da perspectiva de que o setor imobiliário entraria em um novo ciclo de crescimento e agora na crise do coronavírus, a procura dessas empresas do setor imobiliário em busca de financiamento mais que dobrou, segundo as plataformas. As fintechs vieram para suprir uma demanda das construtoras e incorporadoras: falta dinheiro no caixa para começar as obras”, destaca Heloise.
A principal diferença entre um banco tradicional e uma fintech é a presença digital