Na comparação com o ano passado, 2022 deve apresentar uma evolução em relação à economia e ao comércio. É o que afirma o convidado desta semana da Coluna Zampieri, o Presidente da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), José Roberto Tadros. “Os fatores de recuperação devem permanecer, com a vacinação avançando e, consequentemente, maior circulação da população”, destaca.
Segundo Tadros, o aumento inflacionário, uma das maiores dificuldades de 2021, já começou a arrefecer, com alguns grupos relevantes também desacelerando. “A variante Ômicron arrefeceu o nível desse crescimento, embora as expectativas continuem positivas. As eleições serão mais um desafio em 2022, pois geram grande incerteza, levando à restrição do consumo”, acredita o presidente da CNC.
Na pandemia, muitos brasileiros recorreram ao crédito para manter o padrão de consumo. De acordo com Tadros, em 2022, o crédito deve continuar em expansão, podendo crescer 8%, enquanto em 2021 a estimativa é que tenha crescido acima dos 13%. O que representa que o comércio deve continuar sendo apoiado pelo crédito, assim como pelo Auxílio Brasil. O foco provavelmente permanecerá nos bens essenciais, com maior cautela ao comprar bens duráveis”, afirma.
Com menos feriados em dias úteis este ano, a estimativa é que o comércio tenha 22% menos prejuízos devido aos dias de não funcionamento, em relação a 2021, a menor perda desde 2014. “Considerando os resultados esperados para o ano, a expectativa é que as vendas do comércio cresçam ao redor de 1%. A taxa deve ficar abaixo do crescimento de 2021, que foi de aproximadamente 2%. Contudo, é um resultado favorável, se levarmos em conta as incertezas do cenário em 2022”, finaliza José Roberto Tadros, presidente da CNC.
2022 deve apresentar uma evolução em relação à economia e ao comércio