Com a pandemia, o número de pessoas que optaram por empreender para sobreviver aumentou. A escolha, que não foi feita por vocação, e sim necessidade, resultou em quase 2 milhões de novos empreendedores, segundo dados do Portal do Empreendedor, do governo federal. Com isso, o Brasil alcançou um total de 11,3 milhões de MEIs ativos, 20% a mais do que no fim de 2019, quando o segmento tinha 9,4 milhões de registros.
Um fenômeno que surgiu a partir desta problemática foi o aumento do chamado empreendedorismo feminino. “A mesma pandemia que afastou as mulheres do mercado de trabalho impulsionou o empreendedorismo feminino, como apontou a pesquisa elaborada pelo Sebrae com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostrando que as empreendedoras demonstraram maior agilidade e competência ao implementar inovações em seus negócios durante os meses impactados pela Covid-19”, destaca Elisa Tawil, idealizadora do Mulheres do Imobiliário.
Se a carreira profissional de uma mulher já é cheia de desafios normalmente, no cenário pós-pandemia, os desafios aumentaram. Com isso, o universo do empreendedorismo feminino pode ser o caminho de acolhimento para esta crescente parcela de mulheres impactadas pelos meses em isolamento social.
“A participação das mulheres na vida econômica brasileira aumenta consideravelmente a cada ano. De acordo com a pesquisa GEM Brasil 2015, o público feminino já era mais expressivo do que o masculino quando o assunto é a abertura de novos empreendimentos. Os números do empreendedorismo mostram que existe uma jornada possível para as mulheres. Que os indicadores do empreendedorismo feminino possam, cada vez mais, mostrar que existem jornadas possíveis para muitas heroínas que (re)nascem desta pandemia, acolhendo as mulheres que mobilizam e contribuem economicamente com a sociedade”, afirma Elisa Tawil.
A mesma pandemia que afastou as mulheres do mercado de trabalho impulsionou o empreendedorismo feminino