Quando o assunto é sustentabilidade, inevitavelmente vem à mente plantas, árvores e meio ambiente. Mas a harmonia do verde da paisagem campestre com o cinza do concreto das cidades é um desafio para a sociedade.
As cidades estão cada vez mais populosas e, necessariamente, mais cheias de prédios, casas e outras obras que não contemplam espaço para o mundo sustentável.
Mas a necessidade de conservar o meio ambiente e introduzir a sustentabilidade como uma boa prática já é parte da meta da construção civil mundial. O mercado e a sociedade sabem que a mudança de comportamento e atitude aliada à tecnologia podem, além de gerar economia financeira, construir um mundo mais sustentável.
Não atingiremos a meta de 2 °C, a menos que todos os prédios se tornem mais sustentáveis em termos de construção e funcionamento
A presidente-executiva do World Green Building Council, uma organização que une 100 Green Building Councils (Edifícios de Construção Verde) que constroem verde através da transformação do mercado, Terri Wills, comenta que parte da emissão de gases está correlacionada à produção de energia.
“Atualmente, os edifícios geram cerca de 38% das emissões globais de gases de efeito estufa relacionados a energia. Isso significa que não atingiremos a meta de 2 °C, a menos que todos os prédios se tornem mais sustentáveis em termos de construção e funcionamento”, lembra Terri Wills.
De acordo com previsões feitas pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), a construção de prédios sustentáveis deve gerar mais de seis milhões de postos de trabalho em todo o mundo até 2030. Afinal, estas novas construções afetarão positivamente todo o ecossistema e a emissão de gases.
“Vamos ter necessidade de profissionais para atuar como consultores de emissões, por exemplo, que possam avaliar o impacto do carbono em uma construção e ajudar a reduzi-lo”, diz Wills.