Cidades nordestinas como Maceió ou Fortaleza não passaram por um boom imobiliário tão intenso quanto no Sudeste. No entanto, apresentam preços muito mais atrativos. Entenda por que!
Segundo o último censo demográfico do IBGE, as regiões Norte e Nordeste concentram o maior crescimento de renda entre 2000 e 2010: tiveram aumento de renda domiciliar per capita 14,37% acima da nacional. A expansão dos rendimentos permitiu que o consumo crescesse a um ritmo muito acelerado no Nordeste. Constata-se também que 62,29% dos municípios (38 em 62) tiveram aumento populacional acima da expansão da população brasileira: 12,48% no mesmo período.
É de se estranhar, portanto, que tenha sido São Paulo o principal palco, junto com o Rio de Janeiro, do boom imobiliário dos últimos anos. Desde 2008, os preços subiram 129,5% e 162,1% em São Paulo e no Rio de Janeiro, respectivamente, segundo o índice FipeZAP, principal parâmetro do valor das residências no país.
O índice FipeZAP só passou a incluir dados de cidades de Nordeste a partir de 2010. Considerando esse período, a valorização média nas duas maiores metrópoles brasileiras foi bem maior que nas capitais nordestinas. Enquanto em 2010 a valorização média dos imóveis no Rio de Janeiro foi de 56,70%, por exemplo, em Salvador foi de 12,90%.
Para entender por que os imóveis no Nordeste subiram bem menos que em São Paulo ou no Rio de Janeiro, mesmo com o maior crescimento da renda e aumento populacional, é preciso explicar como funciona a especulação imobiliária.
As cidades nordestinas, mesmo que em franco crescimento populacional, são bem menos adensadas. E, ainda que os preços dos terrenos já não sejam baixos, há mais opções de locais para construir.
Outro problema foi que o mercado de segunda residência também caiu muito. Com a crise econômica mundial que teve início em 2008, o número de estrangeiros que viajam para o nordeste ou investem em imóveis na região, também sofreu quedas. Além disso, as cidades nordestinas ainda dependem muito do turismo economicamente, atividade fortemente prejudicada pela queda na demanda.
De qualquer forma, o Nordeste ainda é um local onde se encontram imóveis com um custo mais atrelado ao valor da construção. O metro quadrado médio de um empreendimento de altíssimo padrão em Maceió custa em torno de R$6.500. Já em São Paulo e no Rio de Janeiro, lançamentos de alto padrão já chegam facilmente a R$ 15 mil ou R$ 20 mil o metro.
No Ritz Residence, por exemplo, empreendimento de altíssimo padrão projetado pelos mais conceituados arquitetos de Alagoas, as unidades custam a partir de R$ 841 mil. O empreendimento conta com apartamentos de 2 a 4 quartos, com 100m² a 400m² de área privativa e está localizado na praia de Lagoa da Anta, à beira-mar de Maceió.
Pelo mesmo valor, o que se consegue comprar em São Paulo é um apartamento de 1 quarto, com 20 m², ao lado do metrô Tietê.
Ou seja, para investidores, cidades como Maceió representam uma oportunidade de comprar imóveis ainda a preços razoáveis, com áreas privativas maiores, muita tecnologia construtiva e acabamento de primeira linha. E o melhor: em localizações que oferecem muito mais qualidade de vida e potencial de valorização.
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