O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou no mês de março a elevação da taxa Selic, de 2% para 2,75% ao ano. O aumento da taxa básica de juros ocorreu após um longo período sem mudanças no valor da Selic. Entre junho de 2019 e agosto de 2020 a taxa apresentou uma queda significativa de 6,5% para 2% a.a, o que facilitou e impulsionou a realização dos financiamentos imobiliários.
Apenas neste período citado, o valor movimentado com financiamentos no Brasil chegou a incrível marca de R$ 123,97 bilhões, segundo dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Com a intensa movimentação no setor de imóveis, além da modalidade de crédito imobiliário que cobra uma taxa fixa mais a TR (Taxa Referencial, zerada atualmente), a Caixa criou uma nova linha de financiamento corrigido pelo IPCA. Outras instituições financeiras, como Itaú, Bradesco e a própria Caixa lançaram outra linha, atrelada à poupança.
Ou seja, diante da alta demanda, os bancos sentiram a necessidade de oferecer novas opções de financiamentos. O consumidor aproveitou esse cenário positivo, mas, diante da alta na Taxa Selic anunciada recentemente, qual a melhor opção para conquistar a casa própria?
Antes de escolher o modelo de financiamento, saiba qual o seu perfil
Antes de escolher qual das opções pode se tornar mais vantajosa para você, é importante entender qual o seu momento atual de vida. Principalmente em relação ao seu orçamento, que pode fazer toda a diferença na modalidade a ser utilizada.
Para você entender melhor, separamos alguns perfis de clientes e qual o tipo de financiamento mais adequada para cada um. Uma excelente forma para você saber onde você se encaixa melhor e qual o financiamento seguir, mesmo diante da recente alta na taxa:
- Modelo corrigido pela poupança: é o mais adequado para um perfil moderado. Pode ser o modelo perfeito caso você queira garantir a melhor taxa no momento da contratação do crédito, porém, com um indexador que pode sofrer variação futura, por meio da Selic. Portanto, existe o risco de alta da taxa e você precisa entender se possui orçamento para lidar com essa mudança no valor da taxa;
- Modelo da taxa fixa mais TR: é indicada para os mais conservadores, justamente por ser uma modalidade mais tradicional. Se você não tem projeção de antecipar a quitação do financiamento, ou seja, se a sua programação está atrelada ao valor da parcela, cumprindo todo o processo no prazo previsto no contrato;
- Modelo corrigido pelo IPCA: é a modalidade ideal para um tomador mais agressivo, já que as correções que o indexador pode sofrer não têm limites. Se você pode fazer um financiamento mais curto, de cerca de 10 anos, e com a possibilidade de quitar caso o IPCA tenha elevação ao longo do contrato, escolha este modelo sem receio.
Mesmo com a Selic em 2,75% a.a, o investimento segue vantajoso
Após entender em qual perfil de cliente você mais se identifica, é muito importante que você saiba que mesmo com a atual elevação da Selic, o cenário continua sendo muito positivo para a compra de imóveis! Segundo especialistas, a alta da taxa básica de juros não é tão significativa a ponto de impactar as taxas de financiamentos.
Além disso, é válido analisar que os juros continuam em um dos menores níveis da história. Lembre-se, a compra de um imóvel é um investimento de longo prazo, sempre ocorrerão momentos de aumento ou queda nos preços, mas a volatilidade não será tão impactante. Considerando que a dívida de um financiamento pode durar cerca de 30 anos e se você possui uma estabilidade financeira, aproveite os juros atuais e dê o primeiro passo para adquirir a sua casa própria!
Saiba quais os cenários possíveis para o seu financiamento
Para você entender melhor qual o cenário pode ser mais vantajoso para os seus planos futuros, você pode conferir uma análise completa do site InfoMoney. Foram consideradas as três modalidades: taxa fixa corrigida pela TR; taxa fixa corrigida pelo IPCA; e a taxa fixa corrigida pela poupança.
Em relação aos indexadores, foram considerados dois cenários: o primeiro com a Selic em 2,75% a.a., e o IPCA acumulados dos últimos 12 meses (5,2% a.a.); e o segundo com as projeções para o fim de 2021 com base no boletim Focus do Banco Central, que prevê a Selic a 4,5% ao ano e IPCA 4,6% a.a.
E na hora de escolher o imóvel ideal para o seu próximo projeto de vida, você já sabe: conte com a Zampieri! Acesse o nosso site e conheça todas as opções disponíveis.
Artigo com informações do InfoMoney