A construção é um dos setores fundamentais para a economia brasileira, principalmente neste momento de retomada pós-pandemia. Por meio da geração de emprego e renda, o segmento tem a capacidade de potencializar o crescimento do país.
Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins, o segmento também exerce um importante papel social. “É ele que pode construir as bases sólidas para o desenvolvimento sustentado que o Brasil tanto precisa. Contudo, o potencial do setor tem sido abafado e mitigado por uma série de fatores que precisam ser revistos de forma urgente, ou a sua recuperação (e também da economia) acontecerá de forma mais tímida e lenta”, afirma.
Hoje, o problema que mais afeta empresários do setor é a falta ou o alto custo de matérias-primas, que subiu 34,09% nos últimos 12 meses. “Um recorde infeliz para o setor que carrega em sua essência a capacidade de se tornar um dos principais responsáveis pela retomada econômica do Brasil pós-pandemia”, destaca José Carlos Martins.
A queda de 58% nos lançamentos de novos empreendimentos imobiliários, entre o último trimestre de 2020 e o primeiro de 2021, reflete a preocupação do empreendedor. Para Martins, o impacto mais imediato deste aumento é quando o trabalhador corre o risco de perder seu emprego, afinal, as incertezas fazem com que o ritmo da indústria da construção comece a desacelerar.
“Ativar a construção significa estimular dezenas de segmentos da economia. O setor precisa de políticas públicas eficientes, de medidas que impeçam aumentos abusivos nos insumos, além de ajuste nos altos impostos de importação para viabilizar a entrada de materiais quando o mercado interno não conseguir abastecer o segmento”, acredita o presente da CBIC.
Ativar a construção significa estimular dezenas de segmentos da economia
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