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Ainda é cedo para avaliar os danos causados pela pandemia do COVID-19 na economia brasileira. Mas uma pesquisa feito pelo setor da construção civil aponta os efeitos preliminares do avanço da doença no mercado nacional.

“É muito importante frisar que a pesquisa foi feita com empresas consolidadas no mercado, a maioria delas, 73%, com mais de 11 anos de atuação, e tem o objetivo de ajudar toda a cadeia da construção civil a se planejar para os próximos meses”, explica Fábio Araújo, sócio da Brain Inteligência Corporativa.

Mesmo que mais de 50% das empresas tenham declarado ter utilizado alguma das medidas permitidas pelo governo federal com seus colaboradores – suspensão de contrato, férias coletivas e redução de jornada, por exemplo, a maioria delas também respondeu que continuam a vender.

De acordo com o estudo, 3.870 unidades habitacionais foram vendidas, número que corresponde à média de 8,5 vendas por empresa. “Outro dado muito importante é que 55% das negociações tiveram início depois do dia 20 de março”, frisa Fábio Araújo.

O comportamento do empresário mudou. Eles querem postergar o lançamento de seus empreendimentos em 120 dias ou adiar sem previsão para começar. Menos de 15% das empresas pretendem manter as datas de lançamentos programadas antes da pandemia. “Adiaremos, portanto, o ingresso de investimentos no mercado imobiliário”, avalia o executivo.

Mas Fábio Araújo acredita na recuperação do setor. “Mas nós temos uma demanda que nenhum outro segmento tem, que é a demanda por necessidade. Muitos casamentos, divórcios e nascimentos a cada ano. A vida continua e a pessoa até pode não comprar um carro, por exemplo, mas não tem como deixar de morar. Este universo de 20% é muito significativo”.

A vida continua e a pessoa até pode abrir mão de algumas compras, mas não tem como deixar de morar

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