Em 2021, mesmo com o constante aumento da taxa Selic – o que acabou pressionando o mercado imobiliário -, o forte sentimento de normalidade contribuiu com o crescimento do setor. Isso porque a vacinação avançou e houve redução de 96% no número de novos casos de Covid entre janeiro e dezembro de 2021. De acordo com convidado desta semana da coluna Zampieri, Coriolano Lacerda, que é gerente de Inteligência de Mercado do DataZAP+, esses fatores colaboraram com a reabertura dos estandes de vendas e a volta das visitas presenciais.
“Influenciado pelos resultados de 2021, o ano de 2022 iniciou-se com otimismo, mas também com atenção aos desafios, pois além da perspectiva de continuidade nas altas da taxa Selic e a inflação superando as perspectivas, no segundo semestre haverá eleição presidencial e a Copa do Mundo de futebol. Os eventos pressionarão o calendário de lançamentos do mercado imobiliário, tradicionalmente mais concentrados no último trimestre”, afirma Lacerda.
Uma pesquisa sobre os impactos da pandemia realizado pela DataZAP+ com incorporadoras, imobiliárias e profissionais do setor mostra que 56% dos entrevistados têm boa ou ótima expectativa para o ano, algo reforçado por um aumento na projeção de lançamentos para o ano e uma evolução nos estágios de obra. “Os principais riscos apontados são a instabilidade no cenário político-econômico e redução da demanda devido à perda de renda da população e à diminuição da capacidade de financiamento por causa do aumento nas taxas de juros”, pontua.
“Existe otimismo para este ano, mas é preciso ter moderação. O atual ciclo imobiliário está em ascensão e a superação da pandemia vai injetar novo ânimo na economia, mas existem relevantes pontos de atenção e o aumento da inflação preocupa”, conclui Coriolano Lacerda.
Existe otimismo para este ano, mas é preciso ter moderação
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