Além do difícil momento que o mundo todo vive, em decorrência da pandemia da Covid-19, o setor da construção no Brasil, desde o 3º trimestre de 2020, vem sentindo os efeitos do aumento expressivo nos custos dos seus insumos. Essa subida nos preços segue sendo a principal dificuldade dos empresários da construção atualmente.
Mas, apesar da capacidade de produção limitada, a expectativa da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) para o PIB do setor em 2021 é de um aumento de 4%, o que seria seu maior crescimento desde 2013. O nível de atividade do setor atingiu, em junho, 51 pontos, sendo o melhor desempenho desde setembro de 2021, além de ser o melhor mês de junho desde 2011.
Entre os motivos que ajudam a justificar essa projeção, podemos citar o incremento do financiamento imobiliário, as taxas de juros ainda em baixo patamar, a melhora do ambiente econômico, a continuidade de pequenas obras e reformas e a demanda consistente, mesmo diante da pandemia.
Apesar dos resultados positivos, a construção está crescendo abaixo de sua capacidade. Para a economista da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, Ieda Vasconcelos, essa melhora não significaria um forte crescimento.
“É preciso considerar que de 2014 até 2020 o setor acumulou uma queda de 33,34%. E mesmo com o crescimento de 4% em 2021, a retração desse período continuará superior a 30%, o que é bastante expressivo. A construção precisará continuar a crescer mais alguns anos nessa intensidade para que a recuperação total aconteça”, afirma a economista da CBIC.
A construção precisará continuar a crescer mais alguns anos para que a recuperação total aconteça